A Acupuntura é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa (outros ramos são: fitoterapia, massagem, dietética, ginástica energética – Tai Qi, Qi Gong), sendo reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma técnica terapêutica válida.
Tendo uma história com vários milhares de anos, é natural que a Acupuntura tenha evoluído ao longo dos tempos, sendo essa evolução o resultado de uma prática clínica intensa que, tendo começado na China, rapidamente se espalhou por todo o Oriente. Assim a expansão da Acupuntura inclui o desenvolvimento de vários tipos de Acupuntura: a Acupuntura Japonesa, a Acupuntura Coreana, a Acupuntura Vietnamita, cada qual com especificidades muito próprias, adaptadas à realidade de cada país. A título de exemplo, na Acupuntura Coreana (Su Jok) os pontos utilizados localizam-se nas mãos.
Na própria China, a Acupuntura evoluiu tendo-se desenvolvido microssistemas, nos quais todo o corpo humano está representado numa determinada região do corpo. Os mais conhecidos (e utilizados) são a auriculoterapia e a craniopunctura.
Na aurículoterapia, o diagnóstico e tratamento das diferentes patologias são efectuados ao nível do pavilhão auricular pois todo o corpo humano está representado no pavilhão auricular, existindo 110 pontos principais. Este microssistema, originário da China, beneficiou consideravelmente com o trabalho de investigação realizado pelo Dr. Nogier, em França, o qual contribuiu decisivamente para a validação desta técnica à lúz dos conceitos científicos. No século XVII, o médico português Zacuto terá sido quem introduziu a técnica de cauterizar o ponto auricular da ciatalgia para aliviar a dor ciática. Nos dias de hoje a cauterização deste ponto foi substituída pela estimulação mecânica ou eléctrica do mesmo.
Na craniopunctura, as agulhas são colocadas subcutaneamente, ao longo de zonas definidas do couro cabeludo que correspondem (à superfície) a projeções das áreas corticais do córtex cerebral (em profundidade). Esta técnica, desenvolvida pelo neurologista Jiao Shunfa, em 1971, é de grande utilidade nos casos de lesão do sistema nervoso central, nomeadamente Parkinson, Alzheimer, recuperação de AVC, disfunção vestíbulo-coclear (zumbidos, vertigens, síndrome de Meniere).
A própria forma de estimular os pontos de Acupuntura tradicionais tem vindo a evoluir, tendo-se substituído progressivamente a estimulação manual das agulhas pela estimulação eléctrica (com clara melhoria do resultado terapêutico, sobretudo no alívio da dor).
Na última década, tem-se registado um interesse crescente pela aplicação da estimulação Laser dos pontos de Acupuntura, através de Laserneedle. Consiste na substituição da agulha metálica por uma “agulha laser”, a qual é fixa à superfície da pele com um adesivo, sendo depois o feixe laser que atravessa as várias camadas corporais até chegar à profundidade desejada. Para além de ser completamente indolor, o recurso a frequências mistas (analgésicas, anti-inflamatórias e/ou regeneradoras) fazem desta técnica a Acupuntura do futuro.